(Foto: Reprodução/TV TEM)
Câmara de Botucatu (SP) rejeitou, na
quarta-feira (2), o projeto de lei sobre bem-estar animal que trazia emendas
que permitiriam a volta dos rodeios na cidade. A votação do projeto, de autoria
do prefeito Mário Pardini, terminou com seis votos contrários e quatro à favor.
Todos os 11 vereadores estavam presentes
e outras 100 pessoas acompanharam a sessão. Também haviam várias pessoas do
lado de fora, que assistiram aos votos por um telão.
“A gente quer que tenha uma lei que
possa punir realmente quem está maltratando os animais, seja da área rural,
seja da área urbana”, destaca o autônomo Oladis Casagrande, que acompanhou a
votação na Câmara.
O texto foi protocolado em dezembro
do ano de 2017, e instituía a “Política de Bem-Estar Animal”. No entanto,
causou polêmica por trazer emendas que permitiriam a realização de rodeios na
cidade.
Além do texto original, a matéria
contava com cinco emendas propostas pelos vereadores, uma delas, a mais
polêmica, pedia mudança no artigo 9º do projeto de lei e a flexibilização do
uso do sedém, uma espécie de cinta, passada no animal, para estimulá-lo.
O projeto já havia sido pautado
outras quatro vezes em sessões da Câmara, mas continuava sendo adiado.
Para os produtores rurais e o
representante do prefeito a discussão não tem fundamento. “A questão do sedém é
uma questão polêmica, mas uma questão que não existe. Trabalhamos em cima de
pesquisas, em cima de leis”, afirma o produtor rural André Sacamone.
“Vários estudos falam que o sedém não
causa dor, nem trauma e nem desconforto. Então vamos fazer emenda no momento
oportuno, projeto de bem-estar animal”, completa o vereador Ednei Lázaro da
Costa Carreira.
Com a rejeição do projeto na sessão
desta semana, a Lei Municipal de 4904/2008, que classifica como maus-tratos as
provas de rodeio e espetáculos semelhantes, continua valendo.
Essa lei também proíbe o uso do
sedém, esporas, aparelhos de choque e outros objetos que possam alterar o
comportamento dos animais.
Fonte: G1
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