Um projeto de lei que proíbe a venda e
a soltura de fogos de artifício com barulho em São Paulo foi aprovado pela
Câmara Municipal. Uma
petição com 72 mil assinaturas contra os fogos e a cobrança feita aos
vereadores para que se posicionassem a favor do projeto contribuíram para a
aprovação.
No abaixo-assinado, há relatos de
famílias que têm filhos autistas, que sofrem e podem até ter convulsões devido
ao barulho dos fogos, e de pessoas que tutelam animais, que também são vítimas
dos artefatos explosivos, havendo casos, inclusive, de morte de animais em
decorrência de parada cardíaca causada pelo barulho. A petição é de autoria de
Rogério Nagai, porta-voz de defensores dos direitos de crianças com autismo e
de ativistas pelos direitos animais.
O projeto, agora, segue para análise
do prefeito Bruno Covas, que pode decidir pela sanção ou pelo veto. “Até
agora, fomos ignorados pelo prefeito”, reclama Rogério. Os ativistas que fazem
parte da campanha estão tentando marcar uma reunião com a Prefeitura para que
seja realizada a entrega das assinaturas da petição, mas até o momento não
obtiveram resposta. As informações são do portal Catraca Livre.
Carlos Eduardo Menezes, pai de uma
menina com autismo que afirma conhecer várias pessoas com o distúrbio, conta
que os fogos são prejudiciais. “A grande maioria é afetada por este
problema [dos rojões], que pode ser evitado”, disse ao publicar um comentário
na petição.
Os seis cachorros tutelados por
Dinarte Francisco também sofrem com os fogos. “Sei o quanto eles se amedrontam
e sofrem com esta brincadeira sem graça”, escreveu.
No entanto, o movimento pelo fim dos
fogos de artifício com barulho não atinge apenas São Paulo, mas todo o país.
Mais de 73 mobilizações, que pedem tanto leis municipais quanto nacionais,
foram criadas no Brasil. Em municípios como Salvador, Florianópolis, Belo
Horizonte e Bauru já foram coletadas mais de 160 mil assinaturas contra os
explosivos.
Fonte: anda.jor.br ( foto: internet )
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