Por Bárbara Alcântara,
ANDA
A beagle Maria, de 10 anos de idade,
passou toda a sua vida sendo explorada e abusada em experimentos de um laboratório na
China. Nunca sequer tinha visto o mundo fora das
quatro paredes em que era mantida em cativeiro.
Uma das maiores violações feitas a
esses animais é a procriação forçada; Maria paria vários filhotes
incansavelmente, e eles eram retirados dela apenas para serem explorados pela
empresa em mais testes.
Depois de uma vida de muito
sofrimento – os procedimentos aos quais ela era submetida acabaram deixando a
cadela completamente cega -, Maria foi resgatada pela ONG norte americana Rescue + Freedom Project.
Os ativistas lutaram muito na Justiça para conseguir a
liberdade dela e de mais outros cinco beagles, também vítimas dos
testes cruéis.
Quando a beagle foi salva, no
entanto, ela não voou diretamente para os Estados Unidos, como os outros. É que
Maria, além de sofrer de estresse pós-traumático, estava grávida, e precisou
ficar em observação por um tempo na China, até que os filhotinhos nascessem.
Ela foi mantida em um lar provisório pelo resto da gestação.
A cadela deu à luz oito filhotes e,
em pouco tempo, quatro deles foram adotados, indo viver permanentemente sob os
cuidados de tutores carinhosos em lares na China. A outra metade dos
cachorrinhos foi levada com a mãe para a sede da ONG, nos Estados Unidos.
Desde que chegaram ao país, todos os
cinco receberam cuidados especiais e tem curtido muito a vida em liberdade,
brincando e respirando ar puro e fresco. Até presente data, aguardam
ansiosamente para serem adotados e viverem em lares definitivos.
(Reprodução | Rescue + Freedom Project)
A história de Maria, infelizmente, é
uma exceção à regra. Beagles são muito explorados em testes de laboratórios e,
entre as justificativas para essa crueldade, estão o fato de serem de uma raça
antiga e “padronizada”, e também pela docilidade desses cães.
Já está mais do que comprovado que
testes em animais não são necessários. Há alternativas
a eles. Cada vez mais países aprovam a proibição ou até mesmo
pressionam outras nações a fazerem o mesmo, como tem
acontecido com o Brasil.
Além disso, o próprio mercado
consumidor tem buscado opções não só alimentares, mas de toda sorte de
produtos veganos, pela preocupação das marcas com o meio ambiente e
os animais.
Que histórias como a de Maria, assim
como a dos beagles
resgatados do Instituto Royal, em 2016, deixem de ser um desvio no
caminho, e se tornem o destino final de todos os animais explorados em
laboratórios.
Fonte: anda.jor.br
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