Foto: Agência Sorocaba)
De acordo com relatório da
Corregedoria Geral do Município, macacos-prego
explorados pelo zoológico sofreram maus-tratos. Foi comprovado que
até o ano de 2015 os animais que ficam isolados em uma ilha eram colocados em
gaiolas e afogados para que passassem a ter medo da água. Não se sabe se a
crueldade se estendeu aos anos seguintes, já que a última vez em que novos
macacos chegaram ao zoológico foi em 2015. A prática cruel, feita a partir da
ordem de um biólogo, tinha o intuito de impedir que os macacos tentassem sair
da ilha.
Foi constatado ainda o uso de
medicamentos vencidos no tratamento dos animais, ato coordenado por um médico
veterinário, e indícios de alimentação imprópria, além de animais feridos ou
que não estavam recebendo cuidados corretos e recintos de animais com dimensões
inadequadas. Recomendações para que as irregularidades fossem imediatamente
corrigidas foram direcionadas ao zoológico e à Secretaria de Meio Ambiente,
Parques e Jardins (SEMA). As informações são da coluna “O Deda Questão” do
Jornal da Ipanema da Rádio Ipanema, de autoria do jornalista Djalma Benette.
O relatório foi entregue ao
presidente da Comissão de Meio Ambiente e de Proteção e Defesa dos Animais da
Câmara de Vereadores, João Donizeti (PSDB). Uma cópia integral dos autos será
encaminhada ao Ministério Público local que, segundo a assessoria do
parlamentar, receberá uma denúncia, assim como a Polícia Civil, que já havia
instaurado inquérito para apurar o caso, também a Secretaria de Assuntos
Jurídicos, para que um processo administrativo disciplinar seja aberto, e as
entidades de classe, como Conselhos de Biologia e de Medicina Veterinária.
O caso chegou à Corregedoria Geral do
Município após ser encaminhado pela SEMA. A primeira denúncia, entretanto, foi
feita ao ambientalista Gabriel Bitencourt, colunista do Jornal de Ipanema, que
foi vereador de Sorocaba durante três mandatos e é conhecido por atuar em defesa
de questões ambientais há mais de 30 anos.
A denúncia direcionada ao
ambientalista foi realizada através de uma gravação entre estagiários e
profissionais do zoológico, em fevereiro deste ano. O áudio revelava a
crueldade cometida contra os macacos.
Fonte: anda.jor.br
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