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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Caso Theo: é preciso acabar com a impunidade para quem maltrata e mata animais

Theo, um yorkshire muito fofo, tinha 11 anos. Ele poderia ter ido dar mais um passeio de rotina em que espalharia lambidas por onde passasse, mas Theo foi vítima brutal de uma desavença entre vizinhos. Durante sua caminhada ele fez xixi em uma calçada em frente a um prédio. Um dos moradores não aprovou a atitude do cachorro. Jorge Gilberto Lima dos Santos, de 52 anos, chutou o animal com violência e o cão não sobreviveu aos ferimentos. O caso ocorreu na última quinta-feira (28), em Porto Alegre. Isabel Cristina Maciel Luz, dona do cão, denunciou a violência. De acordo com ela, o morador ficou muito incomodado com o xixi do animal e saiu do prédio para discutir com ela. Durante a briga, Theo foi chutado e arremessado para o outro lado da rua. Inconformada com a situação, Isabel disse ao jornal Zero Hora ter ficado incrédula diante de tamanha violência. “O Theo voou para cima e caiu no chão. E daí não se mexeu mais. Não dá pra acreditar no que aconteceu. Quem faz isso com um animalzinho? Ele usava capa de chuva e sapatinho. Por onde eu andava, ele estava atrás de mim.” Após a denúncia da família, foi aberto um inquérito pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul para investigar o caso. O delegado Adilson Carrazzoni dos Reis é responsável pela investigação e diz já ter ouvido duas testemunhas. Para o delegado, “o comportamento deste homem foi desproporcional”. Diante de tanta violência, uma tentativa de propagar a paz Em memória a Theo e aos outros tantos animais que são vítimas de maus-tratos, no domingo (1º) ocorreu uma “cãominhada” em defesa da justiça dos animais. Cerca de 200 pessoas participaram do ato no bairro gaúcho de Santana. Outros vizinhos afirmaram que o autor do crime já havia agredido mais animais. “Ele já fez com outros. O vizinho do prédio da frente, ele bateu no vizinho, porque o cachorro acabou fazendo xixi na calçada dele.” Mas qual lei protege os animais? Em 2015, foi aprovada na Câmara a lei que torna crime matar e abandonar animais. Ela está em tramitação para aprovação no Senado. Caso aprovada, as penas ficam mais duras se o crime tiver requinte de crueldade, como uso de veneno, fogo, for por asfixia, espancamento, tortura ou arrastamento. Nesses casos, a pena de detenção de um a três anos será aumentada em um terço. A penalização também aumenta se o crime for executado por mais de uma pessoa. Quem abandonar um animal também enfrentará uma ação penal, sob pena de detenção de três meses a um ano. O autor do projeto, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), argumentou que é comprovado que pessoas que agridem animais também podem atentar contra a integridade física ou a vida de pessoas. “Há correlação. O início da prática e o desprezo pela vida do outro se inicia na agressão contra os indefesos.” Fonte: Brasil Post ( foto: divulgação )

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